João Neutzling Jr.

50 anos de The dark side of the Moon

João Neutzling Jr.
Economista, bacharel em Direito, mestre em Educação, auditor estadual, professor e pesquisador
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O Pink Floyd, uma das maiores bandas de rock do planeta, surgiu em 1965 em Londres e se notabilizou pelo rock psicodélico e progressivo com letras impregnadas de crítica filosófica e política. Sua formação mais famosa era composta por David Gilmour (voz e guitarra), Roger Waters (voz e baixo), Nick Mason (bateria) e Richard Wright (tecladista).

O grupo gravou alguns discos de muito sucesso como Ummagumma (1969), Atom heart mother (1970), com a simpática vaquinha na capa do disco, e Meddle (1971), entre outros. Ocupou espaço na mídia e gradualmente conquistou espaço no cenário underground londrino na virada dos anos 60 para 70. Mas, toda a competência, criatividade e talento do grupo floresceram no magnífico disco The dark side of the Moon (O lado escuro da Lua), lançado em 1º de março de 1973.

O disco foi gravado no Abbey Road Studios, onde também os Beatles gravaram seus sucessos, e vendeu mais de 60 milhões de cópias. A obra foi classificada entre os 50 discos de rock mais importantes da história pela revista Rolling Stone. E o site de música Louder Sound apontou The dark side como o mais importante álbum de rock do planeta, considerando um divisor de águas na história da música universal. Cada música do disco tem um profundo sentido filosófico e arranjos musicais inéditos e perfeitos combinando estilo clássico com rock, blues, jazz, coral e uso de sintetizador.

Na música "The great gig in the sky", a cantora inglesa Clare Torry faz o vocal de apoio de uma forma sobrenatural, esticando ao máximo sua voz em uma interpretação inesquecível.

Na música "Time", o baterista Nick Mason acompanha, de forma ritmada e gradual, na bateria o som dos batimentos do coração e sintetizador de fundo em uma performance perfeita do mais puro rock progressivo.

Em "Us and them", Richard Wright inicia a música com piano e órgão enquanto um sax toca uma música melancólica de fundo. Mostrando a influência do jazz no rock. Tudo vai indo num crescente quando Roger Waters canta o refrão da música, esbravejando contra a insensatez das guerras e manipulação das massas.

Em "Brain damage" (Dano cerebral), a combinação da marcante bateria de Mason com o órgão melódico de Wright e o coral de vozes levam o ouvinte a um passeio pelo que há de mais perfeito e bonito no rock progressivo. E no refrão, Waters chega ao ápice cantando:

E se a nuvem explodir, trovejar em seu ouvido
Você grita e ninguém parece ouvir
E se a banda em que você está começar a tocar melodias diferentes
Te vejo no lado escuro da Lua

As demais músicas como "Breathe", "Money", "Eclipse" e outras são igualmente inolvidáveis.

Em 1979, eles ainda produziram outra obra de sobeja importância: The Wall, que até hoje permanece relevante.

O Pink Floyd, junto com Deep Purple, Led Zeppelin, Rush e Black Sabbath, formam o núcleo de ouro do hard rock dos anos 70. Bandas que influenciaram gerações de jovens ao redor do mundo com estilos inconfundíveis e com uma mensagem política que faz falta hoje.

Você pode não gostar de música sertaneja, pode não gostar de mocotó, pode não gostar do inverno, pode não gostar do Bolsonaro, agora não gostar de Pink Floyd? Sem chance meu filho, vai se tratar. Pink Floyd é uma necessidade humana transcendental.

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